O culto do corpo integrado à necessidade de adorno, tranformou os piercings num objecto de adorno cada vez mais comum.Em tempos eu achava muito exótico e sensual o uso de um piercing discreto na cartilagem da orelha, no entanto já achava, e continuo a achar, nojento um piercing de língua lembrando-me a personagem da Rosanne Arquette no Filme Pulp Fiction em que um dos objectivos seria melhorar a felação…Já para não falar nas questões higiénicas e na dicção estranha que os seus usuários apresentam…
Para os adolescentes e jovens, colocar um piercing significa diferenciar-se do grupo, ou ter um sentimento de pertença a outro, ou até mesmo por querer ser diferente e com características próprias. Esta última justificação não me parece ser muito plausível, uma vez que se tornou banal a utilização de piercings até nos sítios mais estranhos – como confere a imagem…No entanto, o piercing ainda é visto como algo de marginal conduzindo a preconceitos e segregações.
Preconceitos que são activados pelas entidades empregadoras quando se deparam com jovens que procuram emprego, ou até mesmo a entrada para alguns circuitos sócio-profissionais a ostentação de piercings é proibida.Hoje lembrei-me de escrever isto por assistir a uma discussão que envolvia juízos de valor sobre uma pessoa que usava um singelo e discreto piercing na orelha, para além das vulgares pérolas que trazia…discussões de gente estúpida, não?!?