Sou capaz de já vos ter referido que começar o ano a comer passas - uvas podres, portanto - e achar que isso trará sorte, para mim faz pouco sentido. Ainda se fosse um Gin, um bolo de chocolate, lá se daria o toque de partida certo... Mas como não sou minimamente supersticioso ou capaz de acreditar em algo que não possa apalpar (o que às vezes é pena, mas isso seria tem de outro post...), nem sempre como as passas todas (ou às vezes nem as como).
Para mim as 12 passas são antes as 12 coisas do ano anterior que eu quero que passem:
#passa depressa radicalismo (de qualquer um dos lados) que leva à guerra e à instabilidade (dentro e fora do país)
#passa já o desemprego (de gente que quer e merece, que não é igual a gente pseudo-qualificada)
#passa moda do twerk (Só porque também não tenho jeito nenhum para o fazer)
#passa a obrigatoriedade de trabalhar aos sábados e nunca ter fins de semana
#passa lá, mania que eu tenho de ser tão exigente comigo mesmo
#passa tempo, até ao dia em que aquilo que eu cá sei (x2) está resolvido de uma vez (com futuro lançado e presente risonho)
#passa falta de tempo de estar mais vezes com os meus pais
#passa a falta de tempo para fazer coisas que me dão prazer
#passa sempre chuva e vento, deixa só o frio moderado da mantinha e do chá mais um pouco
#passa inércia desgraçada, que me faz adiar sempre pôr creme na cara ou no corpo (ponho sempre amanhã, que hoje não tenho tempo)
#passa incerteza que não me deixa fazer os planos que eu gosto
#passa rápido 2015 que apesar de ter momentos bons o ano foi muito conturbado
Não se acanhem. Deixem as vossas #passas.